Livro A Cidade Sitiada

Livro novo. 208pp.

SKU: 25308922. Condição: NOVO. Acabamento: Brochura, Página: 208. LIVRO NOVO LACRADO. A cidade sitiada faz parte do conjunto de três romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coração selvagem, foi lançado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta à irmã, Tania, "quando terminei o último capítulo, fui para o hospital dar à luz o menino".

SKU: 28575162. Condição: NOVO. Acabamento: Brochura, Página: 208. Livro novo.***Loc terreo/ 1 Andar

inteiro/ boa conservação/ brochura/seminovo A cidade sitiada faz parte do conjunto de três romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coração selvagem, foi lançado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta à irmã, Tania, "quando terminei o último capítulo, fui para o hospital dar à luz o menino".

SKU: 25285427. Condição: NOVO. Acabamento: Capa comum, Página: 208. Livro novo.

SKU: 25285427. Condição: NOVO. Acabamento: Capa comum, Página: 208. Livro novo.

SKU: 25285427. Condição: NOVO. Acabamento: Capa comum, Página: 208. Livro novo.

O retrato de Lucrécia ressalta tanto o caráter de representação assumido pela personagem de A cidade sitiada, quanto a associação alegórica entre mulher e cidade.Ref.: Romance brasileiro.Apresentação: Eneida Maria Souza.Brochura. Usado em bom estado. 21 cm.. 169 páginas. L1E 46/3

Livro novo. 208pp.

A cidade sitiada faz parte do conjunto de tres romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coracao selvagem, foi lancado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta a irma, Tania, quando terminei o ultimo capitulo, fui para o hospital dar a luz o menino .Esse detalhe intimo poderia ser superfluo caso A cidade sitiada nao estivesse tao completamente entrelacado com a vida da autora, que padecia em Berna, a mesma solidao vazia e a mesma angustiosa melancolia que sua personagem, Lucrecia Neves, sofria no suburbio de Sao Geraldo. Em outra carta, Clarice afirmou: E ruim estar fora da terra onde a gente se criou, e horrivel ouvir ao redor da gente linguas estrangeiras, tudo parece sem raiz; o motivo maior das coisas nunca se mostra a um estrangeiro, e os moradores de um lugar tambem nos encaram como pessoas gratuitas. Foi esse sentimento de absoluto nao pertencimento, de total estranhamento e mutua desconfianca que Clarice transpos para Lucrecia, fazendo-a tao sem graca quanto as jovens suicas, de cara seria, sem vaidade , que so conseguem ser engracadinhas no verao . Da mesma forma que ela metamorfoseou a bela, encantadora e quase milenar capital suica, tombada pela Unesco, no feio, desolado, insipido e atrasado suburbio de Sao Geraldo, predestinado a se tornar ainda pior a medida que o progresso o vai desfigurando ao final da narrativa.Lucrecia e uma mulher mais inteligente e ambiciosa do que todos aqueles que a cercam, uma forca da natureza que nao aceita ser sitiada e asfixiada pela mediocridade imperante. E, como bem observou a escritora Rachel Gutierrez: Este livro, que Santiago Dantas considerou denso e fechado , e um ponto de mutacao, que ja anuncia na obra de Clarice Lispector a extraordinaria liberdade criativa de Lacos de familia e de A maca no escuro.

A cidade sitiada faz parte do conjunto de tres romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coracao selvagem, foi lancado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta a irma, Tania, quando terminei o ultimo capitulo, fui para o hospital dar a luz o menino .Esse detalhe intimo poderia ser superfluo caso A cidade sitiada nao estivesse tao completamente entrelacado com a vida da autora, que padecia em Berna, a mesma solidao vazia e a mesma angustiosa melancolia que sua personagem, Lucrecia Neves, sofria no suburbio de Sao Geraldo. Em outra carta, Clarice afirmou: E ruim estar fora da terra onde a gente se criou, e horrivel ouvir ao redor da gente linguas estrangeiras, tudo parece sem raiz; o motivo maior das coisas nunca se mostra a um estrangeiro, e os moradores de um lugar tambem nos encaram como pessoas gratuitas. Foi esse sentimento de absoluto nao pertencimento, de total estranhamento e mutua desconfianca que Clarice transpos para Lucrecia, fazendo-a tao sem graca quanto as jovens suicas, de cara seria, sem vaidade , que so conseguem ser engracadinhas no verao . Da mesma forma que ela metamorfoseou a bela, encantadora e quase milenar capital suica, tombada pela Unesco, no feio, desolado, insipido e atrasado suburbio de Sao Geraldo, predestinado a se tornar ainda pior a medida que o progresso o vai desfigurando ao final da narrativa.Lucrecia e uma mulher mais inteligente e ambiciosa do que todos aqueles que a cercam, uma forca da natureza que nao aceita ser sitiada e asfixiada pela mediocridade imperante. E, como bem observou a escritora Rachel Gutierrez: Este livro, que Santiago Dantas considerou denso e fechado , e um ponto de mutacao, que ja anuncia na obra de Clarice Lispector a extraordinaria liberdade criativa de Lacos de familia e de A maca no escuro.

A cidade sitiada faz parte do conjunto de tres romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coracao selvagem, foi lancado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta a irma, Tania, quando terminei o ultimo capitulo, fui para o hospital dar a luz o menino .Esse detalhe intimo poderia ser superfluo caso A cidade sitiada nao estivesse tao completamente entrelacado com a vida da autora, que padecia em Berna, a mesma solidao vazia e a mesma angustiosa melancolia que sua personagem, Lucrecia Neves, sofria no suburbio de Sao Geraldo. Em outra carta, Clarice afirmou: E ruim estar fora da terra onde a gente se criou, e horrivel ouvir ao redor da gente linguas estrangeiras, tudo parece sem raiz; o motivo maior das coisas nunca se mostra a um estrangeiro, e os moradores de um lugar tambem nos encaram como pessoas gratuitas. Foi esse sentimento de absoluto nao pertencimento, de total estranhamento e mutua desconfianca que Clarice transpos para Lucrecia, fazendo-a tao sem graca quanto as jovens suicas, de cara seria, sem vaidade , que so conseguem ser engracadinhas no verao . Da mesma forma que ela metamorfoseou a bela, encantadora e quase milenar capital suica, tombada pela Unesco, no feio, desolado, insipido e atrasado suburbio de Sao Geraldo, predestinado a se tornar ainda pior a medida que o progresso o vai desfigurando ao final da narrativa.Lucrecia e uma mulher mais inteligente e ambiciosa do que todos aqueles que a cercam, uma forca da natureza que nao aceita ser sitiada e asfixiada pela mediocridade imperante. E, como bem observou a escritora Rachel Gutierrez: Este livro, que Santiago Dantas considerou denso e fechado , e um ponto de mutacao, que ja anuncia na obra de Clarice Lispector a extraordinaria liberdade criativa de Lacos de familia e de A maca no escuro.

A cidade sitiada faz parte do conjunto de tres romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coracao selvagem, foi lancado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta a irma, Tania, quando terminei o ultimo capitulo, fui para o hospital dar a luz o menino .Esse detalhe intimo poderia ser superfluo caso A cidade sitiada nao estivesse tao completamente entrelacado com a vida da autora, que padecia em Berna, a mesma solidao vazia e a mesma angustiosa melancolia que sua personagem, Lucrecia Neves, sofria no suburbio de Sao Geraldo. Em outra carta, Clarice afirmou: E ruim estar fora da terra onde a gente se criou, e horrivel ouvir ao redor da gente linguas estrangeiras, tudo parece sem raiz; o motivo maior das coisas nunca se mostra a um estrangeiro, e os moradores de um lugar tambem nos encaram como pessoas gratuitas. Foi esse sentimento de absoluto nao pertencimento, de total estranhamento e mutua desconfianca que Clarice transpos para Lucrecia, fazendo-a tao sem graca quanto as jovens suicas, de cara seria, sem vaidade , que so conseguem ser engracadinhas no verao . Da mesma forma que ela metamorfoseou a bela, encantadora e quase milenar capital suica, tombada pela Unesco, no feio, desolado, insipido e atrasado suburbio de Sao Geraldo, predestinado a se tornar ainda pior a medida que o progresso o vai desfigurando ao final da narrativa.Lucrecia e uma mulher mais inteligente e ambiciosa do que todos aqueles que a cercam, uma forca da natureza que nao aceita ser sitiada e asfixiada pela mediocridade imperante. E, como bem observou a escritora Rachel Gutierrez: Este livro, que Santiago Dantas considerou denso e fechado , e um ponto de mutacao, que ja anuncia na obra de Clarice Lispector a extraordinaria liberdade criativa de Lacos de familia e de A maca no escuro.

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A cidade sitiada faz parte do conjunto de tres romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coracao selvagem, foi lancado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta a irma, Tania, quando terminei o ultimo capitulo, fui para o hospital dar a luz o menino .Esse detalhe intimo poderia ser superfluo caso A cidade sitiada nao estivesse tao completamente entrelacado com a vida da autora, que padecia em Berna, a mesma solidao vazia e a mesma angustiosa melancolia que sua personagem, Lucrecia Neves, sofria no suburbio de Sao Geraldo. Em outra carta, Clarice afirmou: E ruim estar fora da terra onde a gente se criou, e horrivel ouvir ao redor da gente linguas estrangeiras, tudo parece sem raiz; o motivo maior das coisas nunca se mostra a um estrangeiro, e os moradores de um lugar tambem nos encaram como pessoas gratuitas. Foi esse sentimento de absoluto nao pertencimento, de total estranhamento e mutua desconfianca que Clarice transpos para Lucrecia, fazendo-a tao sem graca quanto as jovens suicas, de cara seria, sem vaidade , que so conseguem ser engracadinhas no verao . Da mesma forma que ela metamorfoseou a bela, encantadora e quase milenar capital suica, tombada pela Unesco, no feio, desolado, insipido e atrasado suburbio de Sao Geraldo, predestinado a se tornar ainda pior a medida que o progresso o vai desfigurando ao final da narrativa.Lucrecia e uma mulher mais inteligente e ambiciosa do que todos aqueles que a cercam, uma forca da natureza que nao aceita ser sitiada e asfixiada pela mediocridade imperante. E, como bem observou a escritora Rachel Gutierrez: Este livro, que Santiago Dantas considerou denso e fechado , e um ponto de mutacao, que ja anuncia na obra de Clarice Lispector a extraordinaria liberdade criativa de Lacos de familia e de A maca no escuro.

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A cidade sitiada faz parte do conjunto de tres romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coracao selvagem, foi lancado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta a irma, Tania, quando terminei o ultimo capitulo, fui para o hospital dar a luz o menino .Esse detalhe intimo poderia ser superfluo caso A cidade sitiada nao estivesse tao completamente entrelacado com a vida da autora, que padecia em Berna, a mesma solidao vazia e a mesma angustiosa melancolia que sua personagem, Lucrecia Neves, sofria no suburbio de Sao Geraldo. Em outra carta, Clarice afirmou: E ruim estar fora da terra onde a gente se criou, e horrivel ouvir ao redor da gente linguas estrangeiras, tudo parece sem raiz; o motivo maior das coisas nunca se mostra a um estrangeiro, e os moradores de um lugar tambem nos encaram como pessoas gratuitas. Foi esse sentimento de absoluto nao pertencimento, de total estranhamento e mutua desconfianca que Clarice transpos para Lucrecia, fazendo-a tao sem graca quanto as jovens suicas, de cara seria, sem vaidade , que so conseguem ser engracadinhas no verao . Da mesma forma que ela metamorfoseou a bela, encantadora e quase milenar capital suica, tombada pela Unesco, no feio, desolado, insipido e atrasado suburbio de Sao Geraldo, predestinado a se tornar ainda pior a medida que o progresso o vai desfigurando ao final da narrativa.Lucrecia e uma mulher mais inteligente e ambiciosa do que todos aqueles que a cercam, uma forca da natureza que nao aceita ser sitiada e asfixiada pela mediocridade imperante. E, como bem observou a escritora Rachel Gutierrez: Este livro, que Santiago Dantas considerou denso e fechado , e um ponto de mutacao, que ja anuncia na obra de Clarice Lispector a extraordinaria liberdade criativa de Lacos de familia e de A maca no escuro.

A cidade sitiada faz parte do conjunto de tres romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coracao selvagem, foi lancado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta a irma, Tania, quando terminei o ultimo capitulo, fui para o hospital dar a luz o menino .Esse detalhe intimo poderia ser superfluo caso A cidade sitiada nao estivesse tao completamente entrelacado com a vida da autora, que padecia em Berna, a mesma solidao vazia e a mesma angustiosa melancolia que sua personagem, Lucrecia Neves, sofria no suburbio de Sao Geraldo. Em outra carta, Clarice afirmou: E ruim estar fora da terra onde a gente se criou, e horrivel ouvir ao redor da gente linguas estrangeiras, tudo parece sem raiz; o motivo maior das coisas nunca se mostra a um estrangeiro, e os moradores de um lugar tambem nos encaram como pessoas gratuitas. Foi esse sentimento de absoluto nao pertencimento, de total estranhamento e mutua desconfianca que Clarice transpos para Lucrecia, fazendo-a tao sem graca quanto as jovens suicas, de cara seria, sem vaidade , que so conseguem ser engracadinhas no verao . Da mesma forma que ela metamorfoseou a bela, encantadora e quase milenar capital suica, tombada pela Unesco, no feio, desolado, insipido e atrasado suburbio de Sao Geraldo, predestinado a se tornar ainda pior a medida que o progresso o vai desfigurando ao final da narrativa.Lucrecia e uma mulher mais inteligente e ambiciosa do que todos aqueles que a cercam, uma forca da natureza que nao aceita ser sitiada e asfixiada pela mediocridade imperante. E, como bem observou a escritora Rachel Gutierrez: Este livro, que Santiago Dantas considerou denso e fechado , e um ponto de mutacao, que ja anuncia na obra de Clarice Lispector a extraordinaria liberdade criativa de Lacos de familia e de A maca no escuro.

A cidade sitiada faz parte do conjunto de tres romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coracao selvagem, foi lancado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta a irma, Tania, quando terminei o ultimo capitulo, fui para o hospital dar a luz o menino .Esse detalhe intimo poderia ser superfluo caso A cidade sitiada nao estivesse tao completamente entrelacado com a vida da autora, que padecia em Berna, a mesma solidao vazia e a mesma angustiosa melancolia que sua personagem, Lucrecia Neves, sofria no suburbio de Sao Geraldo. Em outra carta, Clarice afirmou: E ruim estar fora da terra onde a gente se criou, e horrivel ouvir ao redor da gente linguas estrangeiras, tudo parece sem raiz; o motivo maior das coisas nunca se mostra a um estrangeiro, e os moradores de um lugar tambem nos encaram como pessoas gratuitas. Foi esse sentimento de absoluto nao pertencimento, de total estranhamento e mutua desconfianca que Clarice transpos para Lucrecia, fazendo-a tao sem graca quanto as jovens suicas, de cara seria, sem vaidade , que so conseguem ser engracadinhas no verao . Da mesma forma que ela metamorfoseou a bela, encantadora e quase milenar capital suica, tombada pela Unesco, no feio, desolado, insipido e atrasado suburbio de Sao Geraldo, predestinado a se tornar ainda pior a medida que o progresso o vai desfigurando ao final da narrativa.Lucrecia e uma mulher mais inteligente e ambiciosa do que todos aqueles que a cercam, uma forca da natureza que nao aceita ser sitiada e asfixiada pela mediocridade imperante. E, como bem observou a escritora Rachel Gutierrez: Este livro, que Santiago Dantas considerou denso e fechado , e um ponto de mutacao, que ja anuncia na obra de Clarice Lispector a extraordinaria liberdade criativa de Lacos de familia e de A maca no escuro.

A cidade sitiada faz parte do conjunto de tres romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coracao selvagem, foi lancado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta a irma, Tania, quando terminei o ultimo capitulo, fui para o hospital dar a luz o menino .Esse detalhe intimo poderia ser superfluo caso A cidade sitiada nao estivesse tao completamente entrelacado com a vida da autora, que padecia em Berna, a mesma solidao vazia e a mesma angustiosa melancolia que sua personagem, Lucrecia Neves, sofria no suburbio de Sao Geraldo. Em outra carta, Clarice afirmou: E ruim estar fora da terra onde a gente se criou, e horrivel ouvir ao redor da gente linguas estrangeiras, tudo parece sem raiz; o motivo maior das coisas nunca se mostra a um estrangeiro, e os moradores de um lugar tambem nos encaram como pessoas gratuitas. Foi esse sentimento de absoluto nao pertencimento, de total estranhamento e mutua desconfianca que Clarice transpos para Lucrecia, fazendo-a tao sem graca quanto as jovens suicas, de cara seria, sem vaidade , que so conseguem ser engracadinhas no verao . Da mesma forma que ela metamorfoseou a bela, encantadora e quase milenar capital suica, tombada pela Unesco, no feio, desolado, insipido e atrasado suburbio de Sao Geraldo, predestinado a se tornar ainda pior a medida que o progresso o vai desfigurando ao final da narrativa.Lucrecia e uma mulher mais inteligente e ambiciosa do que todos aqueles que a cercam, uma forca da natureza que nao aceita ser sitiada e asfixiada pela mediocridade imperante. E, como bem observou a escritora Rachel Gutierrez: Este livro, que Santiago Dantas considerou denso e fechado , e um ponto de mutacao, que ja anuncia na obra de Clarice Lispector a extraordinaria liberdade criativa de Lacos de familia e de A maca no escuro.

A cidade sitiada faz parte do conjunto de tres romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coracao selvagem, foi lancado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta a irma, Tania, quando terminei o ultimo capitulo, fui para o hospital dar a luz o menino .Esse detalhe intimo poderia ser superfluo caso A cidade sitiada nao estivesse tao completamente entrelacado com a vida da autora, que padecia em Berna, a mesma solidao vazia e a mesma angustiosa melancolia que sua personagem, Lucrecia Neves, sofria no suburbio de Sao Geraldo. Em outra carta, Clarice afirmou: E ruim estar fora da terra onde a gente se criou, e horrivel ouvir ao redor da gente linguas estrangeiras, tudo parece sem raiz; o motivo maior das coisas nunca se mostra a um estrangeiro, e os moradores de um lugar tambem nos encaram como pessoas gratuitas. Foi esse sentimento de absoluto nao pertencimento, de total estranhamento e mutua desconfianca que Clarice transpos para Lucrecia, fazendo-a tao sem graca quanto as jovens suicas, de cara seria, sem vaidade , que so conseguem ser engracadinhas no verao . Da mesma forma que ela metamorfoseou a bela, encantadora e quase milenar capital suica, tombada pela Unesco, no feio, desolado, insipido e atrasado suburbio de Sao Geraldo, predestinado a se tornar ainda pior a medida que o progresso o vai desfigurando ao final da narrativa.Lucrecia e uma mulher mais inteligente e ambiciosa do que todos aqueles que a cercam, uma forca da natureza que nao aceita ser sitiada e asfixiada pela mediocridade imperante. E, como bem observou a escritora Rachel Gutierrez: Este livro, que Santiago Dantas considerou denso e fechado , e um ponto de mutacao, que ja anuncia na obra de Clarice Lispector a extraordinaria liberdade criativa de Lacos de familia e de A maca no escuro.

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